A pandemia me manteve por um ano e meio longe do circuito cultural. Por meses que pareciam não ter fim, meus programas mais ousados foram fazer supermercado e levar meus bichos ao veterinário. Por conseguinte, não foi sem emoção que reconquistei as ruas pela primeira vez na semana passada para prestigiar a apresentação da peça teatral Cidade dos Loucos, produto de um processo intenso de criação coletiva.
Tive o privilégio de acompanhar o espetáculo desde a concepção, quando, honrada pelo convite do entusiasmado diretor Gabriel Moura, conversei sobre a história dos manicômios no Brasil e política antimanicomial com os garotos e garotas que integram o grupo de Artes Cênicas Antonio Manoel. Soube no decorrer dessa conversa que a ideia era teatralizar passagens do livro O holocausto brasileiro, da jornalista Daniela Arbex, publicado pela Editora Geração, fazendo o público refletir sobre a questão da saúde mental e a maneira como as pessoas acometidas por variadas condições psiquiátricas são, muitas vezes, silenciadas e marginalizadas. Mas ao longo do processo criativo, os jovens foram além e, depois de estudarem com interesse a história do hospital de Barbacena, questionaram o próprio conceito de loucura e, mesmo sem nunca terem lido Foucault, entenderam as implicações políticas e sociais que estão envolvidas nele.
Os recortes feitos pelos integrantes do grupo e as interpretações carregam a intensidade das emoções juvenis e trazem os sentimentos à flor da pele, característicos dessa fase da vida e nos jogam, a nós, adultos, àquele tempo em que nos indignávamos mais e acreditávamos mais em nossa capacidade de transformar a realidade. Assistir ao espetáculo Cidade dos Loucos é uma imersão na consciência de que o novo sempre vem e uma recuperação da esperança de que as nuvens carregadas que hoje se acumulam sobre nosso céu varonil estão prestes a se dissipar.
Alunos, estamos para começar as férias antecipadas. Assim, nesse período de 20 dias, corrigirei e devolverei as centenas de atividades que estão em meu e-mail. Fiquem atentos às devolutivas. Para esses 20 dias, a orientação é aproveitar o tempo sem lição para fazer a leitura do livro O Mundo Assombrado pelo Demônios.
Para essa semana, vocês deverão assistir os vídeos abaixo (todos, do Primeiro ao Terceiro) e pensar (Você não precisará escrever nada para entregar, mas registre suas ideias para não se esquecer delas, pois faremos uma discussão sobre esses pontos):
1) Por que precisamos da Ciência?
2) É desejável um mundo sem dúvidas?
3) A produção e difusão intencional de notícia falsa deve ser criminalizada?
Na aula passada, vimos que Esparta e Atenas desenvolveram modelos políticos e econômicos diferentes. Embora nas duas poleis a agricultura fosse a atividade econômica mais valorizada, em Atenas o comércio prosperou bastante, enriquecendo uma camada de comerciantes. Em Atenas, os pequenos proprietários formavam a base dos exércitos hoplitas e eles mesmos produziam em suas terras. Já os grandes proprietários eram donos de escravos. Em Esparta, as terras eram controladas pelo Estado espartano e trabalhadas pelos hilotas, submetidos à servidão (alguns autores os consideram escravos do Estado). Com o tempo, o governo de Atenas se tornou democrático, e mesmo os homens livres pobres podiam participar das assembleias. Em Esparta, o governo foi sempre aristocrático, controlado pela elite militar espartana. Essa diferença de perfil entre as duas cidades também influenciou na educação dos jovens: Atenas dava especial atenção à educação intelectual a fim de preparar os jovens (principalmente os da aristocracia) para os debates em praça pública, ao passo que Esparta concentrava sua atenção na formação militar dos meninos e adolescentes. Quanto às meninas, gozavam de mais autonomia em Esparta do que em Atenas, onde viviam restritas ao espaço da vida doméstica.
Para saber mais sobre a democracia ateniense, leia o texto A máquina que zelava por democracia ‘justa’ em Atenas, publicada em janeiro desse ano no site de notícias da BBC.
Segundo Ano
A decadência do sistema feudal teve como marco importante o século XIV, quando a Europa viveu uma somatória de episódios que exerceram forte pressão sobre ele. Primeiro, foi nesse período que nobres franceses e ingleses se engalfinharam em um longo conflito chamado Guerra dos Cem Anos (e que na verdade durou mais de cem anos, se prolongando de 1337 a 1453), e que foi importante para a constituição das identidades e dos territórios dos reinos da França e Inglaterra. Foi também no século XIV que uma série de eventos climáticos comprometeu várias safras agrícolas, causando picos de carestia e fome em muitas regiões da Europa. Como consequência, os senhores feudais aumentaram a exploração dos camponeses, causando revoltas violentas, conhecidas como Jacqueries. Mas como desgraça pouca é bobagem, esse século conheceu também uma das piores epidemias que se abateu sobre a população europeia: a peste negra. Se vc está achando difícil superar pelo convid-19, veja como foi enfrentar a peste negra:
Terceiro Ano
Nas aula passada vimos que ao chegarem às terras onde hoje é o Brasil, os portugueses não a encontraram deserta. Ao contrário, ela era habitada por diversos povos, com línguas e costumes diferentes. Em um primeiro momento, os recém-chegados não demonstraram muito interesse pelas novas terras, uma vez que não encontraram ouro nelas e estavam mais interessados na exploração do comércio com os mercados orientais, cujas mercadorias eram imensamente lucrativas. Nesse período, que vai do descobrimento até 1530, não houve de fato colonização. Por isso falamos em Período Pré-Colonial e já o estudamos no final do Segundo Ano. A partir da década de 1530, com a decadência do comércio com o Oriente, os portugueses trouxeram para a América suas técnicas de produção de açúcar. Foi nos engenhos de açúcar que a mão-de-obra escrava africana foi mais empregada. Para conhecer um engenho de açúcar, assista ao vídeo abaixo
HP
Estou aguardando o levantamento bibliográfico dos temas dos grupos. Por enquanto, recebi apenas de um grupo.
Atualidades
Por causa do feriado do dia 21, voltaremos à gincana na terça-feira, dia 28. Lembrem-se que essa é a notícia em... inglês!!!!! Todos terão de estar a postos e somar esforços para descobrir a resposta. Lembrando: o grupo da Thyná segue à frente com 2 pontos!!!!
Na última aula virtual de HP combinamos que cada grupo receberia algumas indicações iniciais de texto (abaixo) e que cada aluno deveria selecionar mais um texto além dos indicados. Cada grupo deve escolher um coordenador e os integrantes devem passar para ele o link selecionado. Até 04 de maio, o coordenador deve postar na seção de comentários do blog todos os links do seu grupo.
Depois que eu validar os links, cada aluno deverá escolher um texto para fichar. Quando o texto tiver menos de 03 páginas, o aluno deverá escolher um segundo texto. Quando o texto tiver mais de 12 páginas, o fichamento pode ser dividido entre dois ou mais alunos (desde que cada um fique responsável pelo mínimo de 06 páginas).
As orientações para o fichamento seguem abaixo. Os fichamentos devem ser enviados todos juntos pelo coordenador do grupo, por e-mail, até o final de maio.
1.No topo de uma folha pautada ou ficha,
identificar o texto que será fichado (título, autor, livro em que está etc.).
2.Ler atentamente o texto, tirando dúvidas
de vocabulário com ajuda de um dicionário (físico ou virtual) e grifando as
ideias principais. Você pode registrar, à lápis, ideias-chave às margens do
texto para facilitar o trabalho.
Atenção: você não precisa tirar TODAS as dúvidas
de vocabulário. Avalie quando a compreensão de uma palavra é fundamental para
você entender o sentido do texto.
3.Ao longo da leitura, identificar as ideias principais de cada item ou
subitem e anotá-las com suas palavras. Abra um item para cada ideia, fazendo uma lista de ideias.
Atenção: Você
não precisa ter uma ideia importante por parágrafo. Às vezes, o autor escreverá
vários parágrafos para transmitir uma ideia. Leia com a preocupação de entender
um bloco de ideias. Lembre-se: a ideia central de um parágrafo ou conjunto de
parágrafos é aquela estruturante. Exemplos, casos ilustrativos, detalhamento de
ideias não são o eixo do texto.
4.Além das ideias principais, você também
pode anotar no seu fichamento conceitos importantes, questionamentos,
comparações e outras informações suscitadas pelo texto.
5.Registre ideias inteiras, com sujeito e
predicado. Cada parágrafo anotado deve ser uma frase completa e não
continuidade da frase anterior.
6.Quando você desejar anotar uma frase
exatamente como está no texto, use aspas para indicar que aquela ideia está nas
palavras do autor. Sem fazer isso, você corre o risco de fazer plágio!
1. Lembrem-se de que nessa semana temos aula pelo Zoom. Anotem suas dúvidas para que eu possa ajudá-los e a aula ser proveitosa.
2. As atividades aqui propostas devem ser enviadas por e-mail até dia 04 de maio.
3. No próximo sábado, dia 25 de abril, às 18h, para quem quiser, faremos uma breve exercício de respiração e meditação para ajudá-los a controlar a ansiedade.
Primeiro Ano
Já estudamos as origens da civilização grega ao estudar os Períodos Homérico e Arcaico. Vimos como se formaram e que características tinham as cidades-Estado gregas. Na aula de hoje, vamos diferenciar dois modelos de cidade-Estado: as democráticas, como Atenas, e as aristocráticas (ou oligárquicas), como Esparta.
Depois de assistir ao vídeo abaixo, faça uma tabela comparativa, indicando as principais diferenças entre esses dois modelos.
Segundo Ano
Nas aulas passadas, estudamos a formação do Feudalismo, com a formação dos reinos bárbaros e sua cristianização. A seguir, vimos as principais características do sistema, listadas abaixo de maneira resumida:
1) Descentralização do poder político: havia reis, mas o poder de fato era exercido pelos senhores feudais, responsáveis pela proteção militar, administração e aplicação da justiça nos feudos.
2) Os feudos eram principalmente terras (mas poderiam ser castelos, pedágios ou até certa quantidade de riqueza) que um nobre recebia de outro em troca de sua lealdade e apoio militar. O nobre que recebia o feudo era chamado de vassalo e aquele que cedia o feudo era o suserano.
3) As relações feudo-vassálicas eram pessoais, firmadas sempre entre dois nobres.
4) Quem trabalhava a terra eram os camponeses. Esses podiam ser livres (vilões) ou estarem submetidos à servidão. Nesse caso, estavam presos à terra onde viviam e à uma série de obrigações para com seu senhor.
5) Entre as obrigações feudais, estavam a corveia (trabalho compulsório no manso senhorial), a talha (parte da produção realizada no manso servil), a banalidade (obrigação paga pelo uso dos equipamentos do feudo, como formo e moinho), entre outras. Os camponeses também pagavam o dízimo para a Igreja.
6) A base da economia era agropastoril. O feudo produzia quase tudo o que era necessário para o sustento de seus habitantes. Não havia produção de excedente e a atividade comercial era inconstante e irregular. A moeda circulava pouco pela Europa ocidental, predominando as trocas naturais.
7) A sociedade era de tipo estamental, não havendo mobilidade social. Basicamente, a sociedade se dividia em três ordens ou estados: a nobreza, o clero e os trabalhadores. Os dois primeiros estados gozavam de privilégios.
8) A Igreja era a mais importante instituição feudal. Ela tinha grande influência em todas as esferas da vida medieval na Europa Ocidental, inclusive monopolizando o conhecimento erudito.
O sistema feudal se formou na Alta Idade Média e começou a entrar em crise na Baixa Idade Média.
Para entender como se deu a desagregação do sistema feudal, assista aos vídeos abaixo. Enquanto o assiste, elabore uma lista com as ideias principais oferecidas por eles, no mesmo modelo da lista acima, mas sem repetir informações que já estejam nela.
Terceiro Ano
Vimos anteriormente como foram as relações dos portugueses com os reinos africanos durante o processo de Expansão Marítima. Também estudamos como se estabeleceu o negócio do tráfico negreiro na costa da África e dos impactos que causou nos reinos africanos. E como será que viviam os povos que viviam no Brasil antes da chegada dos portugueses? Assista ao vídeo abaixo e faça um desenho representando ao menos 5 (cinco) características da cultura Tupi que você julgou mais interessantes. Identifique-as com uma legenda e para cada uma escreva um parágrafo explicando por que você considerou essa característica merecedora de destaque.
ATENÇÃO: em reconhecimento às dificuldades que os alunos vêm tendo para fazer todas as atividades, aquelas propostas para serem entregues até dia 10 ficam prorrogadas para serem entregues ATÉ dia 17.
Os vídeos abaixo são complementares. Como não podemos fazer reuniões semanais pelo Zoom, usarei as reuniões a cada duas semanas PARA TIRAR DÚVIDAS (revezarei com a Andréa). Assistam aos vídeos, leiam os textos e registrem aquilo que querem esclarecer.
Próximos encontros:
05/04 - com um representante por grupo de HP pelo menos (19h)
05/04 - Atualidades/ Gincana 3o ano (20h)
11/04 - aula de História com 1o ano às 18h
11/04 - aula de História com o 3o ano às 19h
12/04 - aula de História com o 2o ano às 18h
12/04 - Gincana Atualidades às 20h
AGUARDEM ORIENTAÇÕES para as aulas de HP. Eu, a Ana e a Andéa estamos tentando organizar algo juntas.
Galera do curso de HP, abaixo estão os problemas propostos a partir do curta Pixo pelos alunos presentes no encontro de hoje. Cada aluno deve escolher até a próxima terça uma das questões abaixo para ser objeto de investigação.
Questão 1:
Por que os meios de comunicação e os produtos culturais frequentemente apresentam uma imagem estereotipada da população LGBTQ+? Questão 2:
Por que a arte periférica não goza do mesmo prestígio da arte elitizada? Questão 3:
Qual é o papel da Educação na inserção de um indivíduo na sociedade? Questão 4:
Por que a população periférica e suas manifestações +culturais são vistas como ameaça? Questão 5: Que fatores explicam a prática recorrente de abuso de autoridade e violência por parte dos policiais? Questão 6:
Como a vida das mulheres vítimas de abuso e assédio é afetada pelo tratamento negligente das autoridades? Questão 7:
Qual é o limite de aceitação social de um indivíduo que tenha praticado um crime (a prática de crime hediondo impede um indivíduo de ser aceito de volta na sociedade)?