quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Atividades de Grécia Antiga - Primeiro Ano


1. A ágora, praça principal da pólis, era um espaço sem edificações, onde os cidadãos gregos conviviam e travavam discussões políticas. Por isso, a ágora é considerada um espaço da cidadania. Alguns pesquisadores contemporâneos afirmam que a internet é a ágora da atualidade, no sentido de permitir que todas as pessoas se expressem e se posicionem perante as questões sociais e políticas. Redes sociais criadas em espaços como o twitter, orkut, msn, blogs e demais sites pessoais, ou mesmo as páginas do governo e instituições públicas permitem que pessoas de diferentes localidades estabeleçam debates políticos. Tendo em vista estas afirmativas, responda as questões abaixo em seu caderno e discuta-as com seus colegas:

a) Ao estudar a democracia ateniense você aprendeu que nem todos os membros da polis gozavam do direito à cidadania. A quem esse direito era negado?
b) Consulte a Constituição brasileira e responda: no Brasil existem restrições ao direito à cidadania?
c) Em sua opinião, o direito à cidadania é suficiente para que todos os cidadãos brasileiros participem ativamente das decisões que envolvem os interesses coletivos? Justifique.
d) Você considera a internet um espaço adequado para a prática da cidadania? Justifique. 

2. Leia o texto a seguir, que informa sobre algumas características da escravidão na Grécia clássica. Depois, faça as atividades.

É possível supor que em suas relações com escravos domésticos, os atenienses manifestassem maior humanismo que os habitantes de outras cidades. Por exemplo, nas conhecidas comédias de Aristófanes se pode encontrar amiúde entre os personagens um escravo que está instruindo e educando seu dono. Não se deve esquecer, entretanto, que a maior parte dos nossos conhecimentos se refere a escravos do Estado, cuja situação era consideravelmente melhor que a dos escravos de outras categorias. Na situação dos escravos podem notar-se grandes diferenças. Conhecemos escravos que trabalham de serventes domésticos, professores, médicos, comerciantes (inclusive grandes); e, por outro lado, sabemos de escravos das minas, do transporte, em que se apreciava não a qualificação, mas a resistência e a força física. Os proprietários de escravos consideravam às vezes vantajoso estimular alguns de seus escravos, colocando-os em situação privilegiada em relação aos outros. Alguns desses escravos chegavam a ter um bem-estar maior ou menor, possuir bens móveis e inclusive imóveis, e ter família (sempre com a permissão e sob a proteção de seu dono). Com tais escravos se preencheriam, essencialmente, as fileiras dos libertos. Todavia, ao lado destes, existiam milhares, especialmente nas minas, que se achavam submetidos a condições intoleráveis de trabalho. A estes se aplicava em grau maiúsculo o conselho de Xenofonte: “Fazer-lhes entrar em razão por meio da fome”; os escravos recebiam alimentos só em quantidade que lhes impedisse morrer de fome. A dureza de seu trabalho duplicava-se ainda pelo fato de que, para impedir que escapassem, lhes acorrentavam.
STRUVE, V. V. Historia de la antigua Grecia. Madri: Sarpe, 1985. (Texto adaptado.)

amiúde: com freqüência.

a) O texto nos permite afirmar que o que define a escravidão é a falta de compensação material pelo trabalho realizado? Por quê?
b) Tomando por base as informações do capítulo, explique em que sentido o escravo em Atenas se distingue do hilota de Esparta. 

3. O texto a seguir compara a democracia grega com o sistema democrático moderno. Depois de tê-lo lido, responda as questões propostas.

A democracia dos antigos era fundada sobre o governo da assembléia. Ao contrário da democracia moderna, nela não existem entidades intermediárias entre o indivíduo e o Estado. Já a democracia dos modernos é representativa. Ela é pluralista, isto é, apóia-se na multiplicidade das sociedades intermediárias – como os partidos políticos, os sindicatos e outras associações que funcionam como “ponte” entre os indivíduos e o Estado.

A democracia representativa também nasceu da convicção de que os representantes eleitos estariam em condições de avaliar quais seriam os interesses gerais melhor do que os próprios cidadãos, mais voltados para seus interesses privados. [...] Mas isso desde que o deputado, uma vez eleito, se comporte não como um homem de confiança com os eleitores particulares que o colocaram no Parlamento, mas como um representante da nação inteira
.

(Adaptado de BOBBIO, Norberto. Estado, governo e sociedade. Extraído de ARRUDA, José J. e PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ática, 2007, p. 53)

a) Qual é a diferença entre a democracia grega e a democracia moderna?
b) Como foi possível aos atenienses praticarem a democracia direta?
c) Em sua opinião, é importante que as modernas democracias desenvolvam mecanismos de participação direta da população em questões públicas? Por quê?

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