domingo, 9 de dezembro de 2018

Relação de conteúdos para o Exame Final

Primeiro Ano:


Grécia Antiga:
- definição de polis;
- formação das poleis gregas;
-desenvolvimento da democracia em Atenas;
- características da democracia ateniense;
-características da oligarquia espartana;
- Causas e desdobramentos das Guerras Médicas;
- o imperialismo ateniense e o século de Péricles;
- condição feminina na Grécia Antiga.
- Guerra do Peloponeso: causas e desdobramentos.

Roma Antiga:
- o papel do Senado romano;
- características da República romana;
- o perfil da sociedade romana no início da República;
- as lutas e conquistas plebeias;
- causas e desdobramentos das Guerras Púnicas;
- A expansão territorial romana;
- mudanças na sociedade romana durante o período republicano;
- o problema agrário em Roma: as reformas dos irmãos Graco;
- a crise da república romana;
- a pax romana;
- a política do pão e circo;
- o advento e a expansão do cristianismo;
- a crise do Império romano e as invasões bárbaras.

Segundo Ano

A chegada dos portugueses ao Brasil:

- a exploração do pau-brasil;
- a relação dos portugueses com as populações nativas e o impacto do contato entre as culturas ameríndias e europeias;
A colonização do Brasil
- as capitanias hereditárias: funcionamento e razões do fracasso;
- O Governo Geral: características e resultados.
- a fundação da vila de São Paulo de Piratininga e o bandeirismo (ou bandeirantismo)
- jesuítas vs colonos;
- a economia colonial;
- Os engenhos de açúcar: características e funcionamento;
- a sociedade colonial;
- o tráfico de escravos e a escravidão.

Terceiro Ano

O pensamento liberal:
- o liberalismo econômico de Adam Smith;
- o liberalismo político de John Locke;
- Rousseau e a desigualdade;

A Independência dos Estados Unidos
- a Guerra dos Setes Anos
- a pressão inglesa e o crescimento das tensões na América;
- a resistência americana;
- a Declaração de Independência.

A independência do Brasil e o reinado de D. Pedro I
- a chegada da corte portuguesa em 1808 e o fim do monopólio colonial
- D. João e a instituição de um Estado no Brasil;
- A Revolução do Porto e o retorno de D. João VI à Portugal;
- As Cortes de Lisboa e a elite brasileira;
- A proclamação da Independência do Brasil e a Constituição de 1824;
- a abdicação de D. Pedro I

O Segundo Reinado
- O golpe da maioridade;
- a Era Mauá;
- O processo de abolição da escravidão;
- a imigração;
- a expansão da cafeicultura e o enriquecimento dos fazendeiros de café;
- a Guerra do Paraguai;
- a crise da Monarquia e a proclamação da República. 

sábado, 17 de novembro de 2018

Roteiro de estudos e compensação de faltas/ reposição de avaliação

O roteiro abaixo serve para todos os alunos que precisem estudar para as últimas avaliações do período.
Os alunos que precisam compensar faltas devem escrever um texto sobre cada tema, seguindo o roteiro e dedicando ao menos um parágrafo de dez linhas para cada item do roteiro. O texto não pode ser em tópicos e deve ter coesão e coerência. Textos com cópia de trechos extraídos de sites ou de trabalhos de colegas SERÃO ANULADOS. Todos os textos devem ser autorais e se basear em pesquisa (os alunos podem consultar os textos sugeridos nas postagens anteriores). O trabalho final deve ser entregue digitado (fonte Arial 12, modo Justificado, espaçamento entrelinhas de 1,5)

PRIMEIRO ANO - As civilizações clássicas: Grécia e Roma


  • As comunidades gentílicas gregas;
  • A expansão grega pelo Mediterrâneo;
  • Características da Península Itálica ao tempo da colonização grega;
  • Fundação das poleis e de Roma;
  • Características das cidades-Estado antigas;
  • O desenvolvimento da democracia ateniense;
  • Características da democracia ateniense;
  • As diferenças entre o governo ateniense e o espartano;
  • A Monarquia romana e a fundação da República;
  • Característica da República romana até o século V a.C.
  • As Guerras Médicas e o imperialismo ateniense;
  • As lutas plebeias em Roma;
  • A Guerra do Peloponeso e o domínio macedônico;
  • As Guerras Púnicas e a expansão romana;
  • Conquistas romanas e a crise da República;
  • A fundação do Império e o governo de Otávio Augusto;
  • A emergência do cristianismo e sua influência sobre o mundo romano;
  • A crise do Império romano e as invasões bárbaras.
SEGUNDO ANO - A formação do Império Marítimo Português e a colonização do Brasil

  • A Reconquista e a formação de Portugal;
  • A Revolução de Avis e as Grandes Navegações;
  • A conquista de Ceuta;
  • O reino do Congo: características;
  • O Soba Nzinga-a-Nkuwu e os portugueses;
  • Os portugueses chegam às Índias;
  • A chegada dos portugueses à América e os primeiros contatos com as populações nativas;
  • A exploração do pau-brasil;
  • A decisão de colonizar o Brasil e as capitanias hereditárias;
  • A instalação do Governo Geral e a chegada dos jesuítas;
  • A ação dos jesuítas na Vila de São Paulo de Piratininga;
  • A implantação dos engenhos de açúcar;
  • Características da produção de açúcar e a sociedade açucareira; 
  • A escravidão africana tradicional e a escravidão europeia;
  • As consequências do modelo europeu de escravidão na África;
  • Os escravos no Brasil;
  • O bandeirantismo e os conflitos com os jesuítas. 
TERCEIRO ANO - O pensamento liberal e as Revoluções Burguesas (Independência dos EUA, Revolução Francesa e Revolução Industrial); As lutas operárias do século XIX e as teorias socialistas; Independência do Brasil e o Período Monárquico

  • Liberalismo econômico e político: as críticas ao Antigo Regime;
  • A Primeira Revolução Industrial na Inglaterra;
  • A Guerra dos Sete Anos;
  • A Independência dos Estados Unidos e o pensamento liberal;
  • A crise do Antigo Regime francês e a eclosão do processo revolucionário;
  • A radicalização da Revolução e a República Jacobina;
  • A ascensão de Napoleão Bonaparte;
  • O governo de Napoleão e o fortalecimento da burguesia francesa;
  • As lutas operárias na Europa;
  • O socialismo utópico;
  • O Bloqueio Continental e o Período Joanino no Brasil;
  • A Independência das colônias espanholas;
  • A Revolução do Porto e a volta de D. João para Portugal;
  • A Independência do Brasil e o reinado de D. Pedro I;
  • A abdicação de D. Pedro I e o Período Regencial;
  • Marx e o socialismo utópico;
  • A substituição do trabalho escravo pela mão-de-obra livre no Brasil;
  • As diferentes visões da Guerra do Paraguai;
  • A crise da Monarquia brasileira e a Proclamação da República;

Terceiro Ano:
Para Revolução Francesa: estude pelo texto publicado no site de Voltaire Sgilling
Para Revolução Industrial: Consulte o site da uol e o resumo do site para vestibular
Para as Revoluções na América: um resumo comparativo pode ser encontrado também no site Educaterra
Para os temas de História do Brasil, assista aos vídeos de História do Brasil do Bóris Fausto (partes I e II) e do Eduardo Bueno, bem como os vídeos do Novo Telecurso  no YouTube, e consulte o site do MultiRio.



sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Primeiro Ano: Material para estudar Roma

Pessoal, na terça-feira faremos o jogo sobre Roma. Lembrem-se de deixar a sala arrumada do jeito que combinamos para começarmos a atividade assim que eu entrar.

Para estudar a fundação de Roma, essa matéria do jornal alemão DW 
Para o Período Monárquico, é possível ler esse texto do Brasil Escola.
Dê bastante atenção ao estudo da República Romana,  lendo essa e essa página da UOL Educação sobre a República romana e as lutas plebeias, essa página do site Mundo Educação,  essa página e mais essa sobre as Guerras Púnicas, e mais esse texto sobre a crise da República Romana.
Para a crise da República e o Período do Império, você pode assistir os dois vídeos disponíveis aqui.
Não deixe de estudar também sobre a crise agrária aqui e sobre a crise do Império Romano nesse vídeo.
Para fazer uma última revisão, assista esse vídeo aqui.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Segundo Ano - Cultura Iorubá e Império Marítimo Português



Sobre o povo e a cultura iorubá:

Comece por essa reportagem, bem genérica, da Superinteressante. A seguir, leia essa esse texto disponível no site da uol.
Para entender melhor o significado do Orí e a constituição da personalidade na filosofia iorubá, consulte  esse blog e aprofunde com esse artigo.
Para ampliar os conhecimentos sobre a Cultura Iorubá, leia esse documento.
Para quem quer seguir explorando conteúdos de África, recomento o site Por dentro da África.

Sobre o Império Marítimo Português

A conquista do Império Marítimo Português pode ser estudada primeiro aqui e depois nesse site .
Sobre a relação do Reino de Portugal com o Reino do Congo, consulte esse artigo.
Mais um artigo bastante completo, você encontra nesse link.
Para entender a escravidão tradicional africana e as diferenças entre ela e a que foi introduzida pelos europeus no continente africano, leia essa página da UOL  e, se quiser mais detalhes, leia esse artigo a partir do item 3.

domingo, 21 de outubro de 2018

Liberalismo e marxismo - Terceiro ano

Pessoal, seguem alguns materiais para estudo para a avaliação de quinta-feira.
Para retomarem as explicações em sala de aula, leiam esse texto do site de Educação da UOL , essa matéria da Carta Capital e os vídeos abaixo





domingo, 9 de setembro de 2018

Links para estudo - prova discursiva terceiro período

PRIMEIRO ANO
Para começar, sugiro a leitura do resumo na página da uol. Por ela, vcs terão um panorama geral. A seguir assistam o vídeo abaixo. Tem lá algumas imprecisões, mas nada que prejudique o foco central da explicação

l

Depois, leiam mais esse texto da página de educação da uol. Por fim, leiam esse artigo da Aventuras na História.
Como nosso objetivo é entender melhor a democracia grega, vale a pena ler também o texto do Volatire Schilling.


SEGUNDO ANO
Para entender a Península Ibérica do tempo das Grandes Navegações, leia esse texto aqui, esse outro e  mais esse.
Para compreender as Grandes Navegações, vocês podem ler esse artigo português sobre os medos que rondavam as expedições, esse outro sobre os perigos das navegações e prestar atenção no mapa abaixo


Leiam também esse artigo e aprofunde seus conhecimentos com essa resenha de um livro sobre o Império Marítimo português.
Para a questão de África, estamos só na introdução. Então recomento apenas esse artigo e essa entrevista.


TERCEIRO ANO
Comece seus estudos pelo texto da Joelza. A seguir, passe para esse texto seguido desse outro.
Leia os textos e assista os vídeos sobre Iluminismo (#1, #2, #3, #4, #5, #7, #9 e #10) aqui (são meio chatos, mas têm bastante informação).
Prepare-se para a avaliação lendo análises políticas e econômicas e procurando encontrar nelas elementos liberais e anti-liberais.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Segundo Ano - Expansão Marítima


1. Em relação à formação do reino espanhol, a historiadora Elaine Barbosa afirma que a Igreja atuou como elemento de homogeneização, garantindo a hegemonia castelhana sobre os demais reinos e, concomitantemente, a superioridade de seu próprio poder”. (Barbosa, Elaine. A Encruzilhada das Civilizações: católicos, ortodoxos e muçulmanos no Velho Mundo. São Paulo: Moderna, 1977)
       Com base em seus conhecimentos sobre a história da Península Ibérica e a formação dos estados nacionais europeus, explique o papel da Igreja na afirmação do poder de Castela nos séculos XV e XVI.
2.  O texto abaixo se refere ao período das Grandes Navegações (séculos XV e XVI) e foi escrito por Fernando Pessoa, poeta português do início do século XX. Leia-o com atenção e, depois, responda às questões que o acompanham:

O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tetos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»
«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»
a.    No poema acima, Fernando Pessoa escolhe como personagem um monstrengo para dialogar com o navegador. A escolha justifica-se pelas idéias que os homens do século XV tinham sobre o mar. Que idéias eram essas?
b.    Com base em seus conhecimentos de História, responda: os portugueses tinham razões para temer as viagens marítimas? Justifique.
c.    De acordo com o poema, a quem os navegadores serviam?
d.    Utilizando seus conhecimentos de História, explique as razões que levavam os portugueses a se aventurarem pelo mar.
e.    Os portugueses disputaram a descoberta de novas rotas marítimas com outro importante reino no século XV. Que reino era esse e em que rota cada um decidiu investir?
3.     Faça uma pesquisa sobre a obra Os Lusíadas, de Luís de Camões (século XV)
a) Quem é o herói do poema?
b) Compare a representação que os Lusíadas faz das Grandes Navegações com a representação delas feita por Fernando Pessoa.


quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Atividades de Grécia Antiga - Primeiro Ano


1. A ágora, praça principal da pólis, era um espaço sem edificações, onde os cidadãos gregos conviviam e travavam discussões políticas. Por isso, a ágora é considerada um espaço da cidadania. Alguns pesquisadores contemporâneos afirmam que a internet é a ágora da atualidade, no sentido de permitir que todas as pessoas se expressem e se posicionem perante as questões sociais e políticas. Redes sociais criadas em espaços como o twitter, orkut, msn, blogs e demais sites pessoais, ou mesmo as páginas do governo e instituições públicas permitem que pessoas de diferentes localidades estabeleçam debates políticos. Tendo em vista estas afirmativas, responda as questões abaixo em seu caderno e discuta-as com seus colegas:

a) Ao estudar a democracia ateniense você aprendeu que nem todos os membros da polis gozavam do direito à cidadania. A quem esse direito era negado?
b) Consulte a Constituição brasileira e responda: no Brasil existem restrições ao direito à cidadania?
c) Em sua opinião, o direito à cidadania é suficiente para que todos os cidadãos brasileiros participem ativamente das decisões que envolvem os interesses coletivos? Justifique.
d) Você considera a internet um espaço adequado para a prática da cidadania? Justifique. 

2. Leia o texto a seguir, que informa sobre algumas características da escravidão na Grécia clássica. Depois, faça as atividades.

É possível supor que em suas relações com escravos domésticos, os atenienses manifestassem maior humanismo que os habitantes de outras cidades. Por exemplo, nas conhecidas comédias de Aristófanes se pode encontrar amiúde entre os personagens um escravo que está instruindo e educando seu dono. Não se deve esquecer, entretanto, que a maior parte dos nossos conhecimentos se refere a escravos do Estado, cuja situação era consideravelmente melhor que a dos escravos de outras categorias. Na situação dos escravos podem notar-se grandes diferenças. Conhecemos escravos que trabalham de serventes domésticos, professores, médicos, comerciantes (inclusive grandes); e, por outro lado, sabemos de escravos das minas, do transporte, em que se apreciava não a qualificação, mas a resistência e a força física. Os proprietários de escravos consideravam às vezes vantajoso estimular alguns de seus escravos, colocando-os em situação privilegiada em relação aos outros. Alguns desses escravos chegavam a ter um bem-estar maior ou menor, possuir bens móveis e inclusive imóveis, e ter família (sempre com a permissão e sob a proteção de seu dono). Com tais escravos se preencheriam, essencialmente, as fileiras dos libertos. Todavia, ao lado destes, existiam milhares, especialmente nas minas, que se achavam submetidos a condições intoleráveis de trabalho. A estes se aplicava em grau maiúsculo o conselho de Xenofonte: “Fazer-lhes entrar em razão por meio da fome”; os escravos recebiam alimentos só em quantidade que lhes impedisse morrer de fome. A dureza de seu trabalho duplicava-se ainda pelo fato de que, para impedir que escapassem, lhes acorrentavam.
STRUVE, V. V. Historia de la antigua Grecia. Madri: Sarpe, 1985. (Texto adaptado.)

amiúde: com freqüência.

a) O texto nos permite afirmar que o que define a escravidão é a falta de compensação material pelo trabalho realizado? Por quê?
b) Tomando por base as informações do capítulo, explique em que sentido o escravo em Atenas se distingue do hilota de Esparta. 

3. O texto a seguir compara a democracia grega com o sistema democrático moderno. Depois de tê-lo lido, responda as questões propostas.

A democracia dos antigos era fundada sobre o governo da assembléia. Ao contrário da democracia moderna, nela não existem entidades intermediárias entre o indivíduo e o Estado. Já a democracia dos modernos é representativa. Ela é pluralista, isto é, apóia-se na multiplicidade das sociedades intermediárias – como os partidos políticos, os sindicatos e outras associações que funcionam como “ponte” entre os indivíduos e o Estado.

A democracia representativa também nasceu da convicção de que os representantes eleitos estariam em condições de avaliar quais seriam os interesses gerais melhor do que os próprios cidadãos, mais voltados para seus interesses privados. [...] Mas isso desde que o deputado, uma vez eleito, se comporte não como um homem de confiança com os eleitores particulares que o colocaram no Parlamento, mas como um representante da nação inteira
.

(Adaptado de BOBBIO, Norberto. Estado, governo e sociedade. Extraído de ARRUDA, José J. e PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ática, 2007, p. 53)

a) Qual é a diferença entre a democracia grega e a democracia moderna?
b) Como foi possível aos atenienses praticarem a democracia direta?
c) Em sua opinião, é importante que as modernas democracias desenvolvam mecanismos de participação direta da população em questões públicas? Por quê?

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Alguns links para estudo - Prova de múltipla escolha, junho de 2018 - primeiro, Segundos e Terceiros Anos

Pessoal, período difícil esse, hem? Procurei elaborar as provas acompanhando o máximo possível minhas aulas para que suas anotações sejam suficientes, mas seguem alguns links para ajudar no estudo:

Primeiro Ano
Um resumo dos vários períodos pode ser encontrado aqui;
Para aprofundar o entendimento da democracia grega, consulte esse site;
Aqui você encontra um quizz simples para testar o que sabe;

Antes da prova, vale assistir essa vídeo-aula

Segundo Ano

Para ler sobre o Renascimento Urbano e Comercial, leia esse site
Sobre o Islã, leia os links da uol (note que são dois), mais a entrevista com o escritor Mustafa Yazbek
Para Reconquista, não achei nada muito bom, mas dá para quebrar o galho aqui e para visualizar o avanço cristão, dê uma olhada nesse mapa animado. Reveja também os vídeos que deixei para a aula em que estava doente, na postagem anterior:


Um resuminho que fala da crise do século XIV pode ser encontrado no Guia do estudante
Para aprofundar, se houver tempo, você pode ler mais sobre as Cruzadas aqui  e vale muito a pensa dar uma consultada nessa página da Joelza para escapar de algumas armadilhas de vestibulares.

Terceiro Ano
Por causa de todos os nossos imprevistos, não há muito conteúdo acumulado. Revolução Inglesa pode ser estudada aqui (só para começar) aqui e aqui, Tendo tempo, assistam ao filme Morte ao Rei (mas tenham em mente que é um filme que procura passar pano para a nobreza).
Quanto à Independência das Treze Colônias inglesas na América, sugiro usar esse siteos slides desse site (e o texto) e todos os links da página de Educação da uol (ver links no fim da página indicada). Se tiverem tempo, vale ainda ler esse artigo e esse outro





quinta-feira, 7 de junho de 2018

Atividade Primeiro Ano - Grécia Antiga

Assista ao vídeo abaixo e registre em seu caderno as informações principais



Atividade Segundo Ano - A Reconquista

Assista aos vídeos abaixo e registre as principais informações em seu caderno


Começar a assistir a partir dos 27 minutos e 22 segundos:


Atividade terceiro ano - Independência dos EUA


Em dupla, leia o texto abaixo e faça o que se pede:

OBSERVAÇÃO: Entregar em folha Parâmetros, a caneta, elaborando respostas completas (com sujeito e predicado).

O documento a seguir é composto de trechos do discurso proferido em 1783 pelo Dr. Ezra Stiles, presidente do Yale College, diante do governador e da Assembleia de Connecticut. Em sua fala, Ezra Stiles procura explicar os eventos que ocorreram na América do Norte desde 1776, quando foi declarada a independência dos Estados Unidos.

Como teria sido utópico ter predito na Batalha de Lexington que em menos de oito anos a independência e a soberania dos Estados Unidos deveriam ser reconhecidas por quatro soberanias europeias, uma das quais seria a própria Grã-Bretanha. Como são maravilhosas as revoluções, os acontecimentos da providência! Vivemos numa era de maravilhas; vivemos uma era em poucos anos (...)
Teremos uma comunicação com todas as nações em comércio, maneiras e ciência, além de qualquer coisa conhecida no mundo até agora... todas as artes podem ser transplantadas da Europa e Ásia e florescer na América com um lustre aumentado, para não mencionar o aumento das ciências de invenções e descobertas americanas, das quais houve casos tão capitais, aqui, no século passado, quanto na Europa. A dicção áspera e sonora da língua inglesa pode, aqui, tomar seu polimento ateniense e receber sua urbanidade ática, já que, provavelmente, se tornará a língua vernacular de milhões mais numerosos do que nunca que já falaram uma língua na Terra...

Apud BRADBURY, Malcolm; TEMPERLEY, Howard (ed.). Introdução aos estudos americanos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, [s.d.] p. 67-8.

capital: essencial, fundamental.
dicção: modo de falar.
lustre: brilho.
polimento ateniense e urbanidade ática: referência à suposta superioridade da cultura e da língua dos gregos de Atenas, na Península da Ática.

a) Como o orador descreve o processo de independência?
b) Qual deveria ser, segundo ele, o papel da então recém-nascida nação americana diante das outras nações? 
c) A quem ele compara o povo americano e o idioma inglês? Por que ele fez esse tipo de comparação? 

segunda-feira, 19 de março de 2018

ATIVIDADE PRIMEIRO ANO para 20 de março


  • As atividades abaixo devem ser feitas em duplas ou trios.
  • As respostas devem ser feitas à caneta, de maneira organizada, em folha Parâmetros.
  • A atividade deve ser entregue impreterivelmente ao fim da aula. 
  • Não se esqueçam de identificar os membros da dupla ou trio com nome completo.
1. Observe a imagem abaixo. Trata-se da planta da cidade da Babilônia. Tente se lembrar de nossos exercícios em sala de aula com leitura de plantas baixas e fotos aéreas. Que suposições você pode fazer sobre a sociedade e a política na Babilônia com base nas pistas oferecidas pela planta?


2. Observe o mapa. De acordo com ele, responda:
a) Onde e quando se desenvolveu o Império Babilônico?
b) A cidade da Babilônia é mais recente ou mais antiga do que a cidade de Uruk, cuja reconstituição digital analisamos na aula retrasada em sala?
c) Que características a cidade da Babilônia tem em comum com a cidade de Uruk cuja figura vimos juntos?



3. Observe com atenção a fotografia abaixo. É a foto da estela de Hamurabi, rei babilônico do século XVIII a.C. 
Na estela de Hamurabi foi inscrita uma lista de decisões jurídicas tomadas pelo rei que deveriam servir de referência para juízes atuantes no império e como prova do espírito justo do monarca. 


a) Na parte de cima da estela há um relevo representando, à esquerda, em pé, o rei, e sentado no trono, à direita, o deus Marduk. Com base no que você já estudou sobre as monarquias do antigo Oriente, como você interpreta a imagem? Qual pode ser seu significado?
b) A justiça contida na estela é guiada pela chamada Lei de Talião. Faça uma pesquisa em sites da internet e explique que tipo de justiça era essa.




domingo, 18 de março de 2018

Prova Terceiro Ano - março

Olá, alunos! Para a prova do dia 22, seguem algumas dicas de onde estudar:
1. Acompanhem a série Terra de Minas;
2. Assista Ouro e cobiça
3. Leia os itens todos sobre a atividade mineradora no site Multirio.

Prova março - Segundo Ano

Olá, Alunos! Dia 22 temos a primeira avaliação discursiva! Então, vamos nos preparar! Para isso, você tem suas anotações de caderno e as FH1 e FH2. Mas não dão conta de tudo! Então, você pode acessar os sites indicados abaixo para se preparar melhor!
1. Para a formação do Feudalismo, há um resumo bem fácil no Historianet;
2. Para entender as estruturas feudais, acesse aqui, aqui também, esse  outro site, e esse vídeo no blog da Joelza;
3. Para quem quiser aprofundar, está disponível o livro A Idade Média: o nascimento do Ocidente , do historiador Hilário F. Jr
4. Para descansar, assista os filmes  O Senhor da Guerra e
O Nome da rosa

PROVA PRIMEIRO ANO - onde estudar

Olá, alunos! Dia 22 teremos nossa primeira avaliação discursiva. Para se preparar para ela, você deverá estudar as anotações em seu caderno e as FH2. Mas pode também estudar pelos vídeos indicados anteriormente (especialmente a entrevista de Walter neves) e pelo sites indicados abaixo:
1. Para saber o que é um mito, acesse esse site;
2) Sobre os mitos de criação, há essa matéria da Superinteressante;
3) A evolução humana pode ser estudada no Museu Virtual da Evolução Humana da USP; Caso você fique curioso acerca das notícias sobre o assunto, consulte essa página do jornal El País;
4. Aqui você encontra um vídeo feito para alunos do Ensino Fundamental de Portugal. É bonitinho e fácil de entender. Tem o básico.
5. Texto curtinho sobre Revolução Neolítica;
6. Para a vida no Neolítico, acesse aqui. Se quiser um resumão de tudo até esse ponto, a página de educação da UOL tem uma tópico.
7. Finalmente, para entender o surgimento das primeiras cidades, acesse essa página do jornal Nexo.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Primeiro Ano - FH2: Entre a imaginação e a realidade


FH2: Entre a imaginação e a realidade
A arte dos sonhos
Certa vez, quando tinha seis anos, vi num livro sobre a Floresta Virgem, “Histórias Vividas”, uma imponente gravura. Representava ela uma jibóia que engolia uma fera (....) Dizia o livro: “As jiboias engolem, sem mastigar, a presa inteira. Em seguida, não podem mover-se e dormem os seis meses da digestão”.
Refleti muito então sobre as aventuras da selva, e fiz, com lápis de cor, o meu primeiro desenho. Meu desenho número 1 era assim:
Mostrei minha obra-prima às pessoas grandes e perguntei se meu desenho lhes fazia medo.
Responderam-me: “Por que é que um chapéu faria medo?”.
Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jiboia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jiboia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações. Meu desenho número 2 era assim:

As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor. Eu fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando.
(Saint-Exupéry, Antoine de – O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: Agir, 1979, p. 9 - 10).

Desenhos podem ser como fotografias: cópias das imagens captadas pelo olhar. Mas também podem expressar sentimentos, fantasias e valores. Quando o narrador da história acima fez seu “desenho número 1”, ele tinha na cabeça uma porção de ideias sobre as florestas tropicais e seus habitantes. Estava excitado com a descoberta de que ali existia um réptil enorme, que engolia sua presa inteira e numa abocanhada só. Fantasiava sobre como o diâmetro da jiboia se agigantaria se ela escolhesse um elefante para o almoço. Sua imaginação corria solta e seu desenho era expressão disso.
Os desenhos podem ter ainda um significado mágico. Entre as populações nativas da Austrália, a arte é uma espécie de “porta” para sobrenatural. Assim, quando desenha sobre cascas de árvores ou no chão, com tintas extraídas de frutos, minerais e sementes, o artista acredita estar fazendo contato com os espíritos da natureza e dos ancestrais. É como se ele entrasse em transe e sonhasse acordado com histórias enviadas pelos espíritos, contendo ensinamentos e conselhos sobre como devemos nos comportar para vivermos em harmonia com as outras pessoas e a natureza. É por isso que cada ponto, linha ou figura da arte nativa australiana tem um significado especial. Articulados, eles formam um código secreto que só os iniciados nas artes mágicas conseguem decifrar.
A arte praticada pelos aborígines australianos é considerada uma das mais antigas do mundo. Arqueólogos encontraram figuras com cerca de 40 mil anos, gravadas em paredes rochosas da Austrália, usando temas e técnicas bem parecidos com os empregados no presente pelas populações locais.

Testemunho subterrâneo
Pinturas como estas foram encontradas não só na Austrália, mas em quase todo o mundo. É provável que seus autores também pintassem sobre a areia, cascas de árvores e até sobre o próprio corpo, mas esses “suportes” não duram tanto quanto as rochas e, literalmente, viraram pó com os efeitos do tempo.
Chamamos de arte rupestre o conjunto de pinturas, inscrições e desenhos feitos nas rochas e no interior de cavernas. As mais antigas datam de algo perto de 40 mil anos, mas algumas inscrições simples, como uma linha em ziguezague descoberta numa caverna da Índia, sugerem que desde 200 ou 300 mil anos atrás os seres humanos já haviam desenvolvido algum tipo de pensamento simbólico. Além dessas pinturas, existem estatuetas igualmente antigas, com formas de mulheres e animais cuidadosamente entalhadas em pedra, osso e marfim, e também alguns instrumentos musicais como flautas.


O primeiro conjunto importante de pinturas rupestres foi encontrado em 1879, numa gruta em Altamira, na Espanha. A princípio, ninguém acreditou que elas fossem obra de nossos antepassados. Afinal, não era verdade que os seres humanos progrediam sempre? Sendo assim, como pessoas tão primitivas teriam a capacidade de realizar obras tão belas e com tão alto nível técnico? Ora, – pensou-se – aquelas figuras só poderiam ter sido feitas por algum espertalhão do presente. Contudo, as pesquisas acabaram provando que as coisas não funcionavam exatamente daquele modo. As pinturas de Altamira não só eram mesmo milenares, como havia outras ainda mais antigas, como as pinturas de Chauvet (França), que não lhes deviam nada em matéria beleza nem de qualidade!
Depois de Altamira, as pesquisas arqueológicas na Europa tomaram impulso. Cresceu o interesse pelo estudo de nossos antepassados que, afinal, já não poderiam ser vistos como brutamontes estúpidos. Dinheiro e esforços foram investidos na busca de novos sítios arqueológicos. Não por acaso, a maioria das pinturas rupestres mais antigas que conhecemos hoje estão no fundo de grutas e cavernas europeias.
Apesar de separadas por centenas de quilômetros, estas as pinturas apresentam inúmeras semelhanças. Por exemplo, geralmente retratam com naturalismo grandes herbívoros ou animais ferozes e perigosos. Há também desenhos de seres fantásticos, meio gente e meio bicho, e figuras geométricas como círculos, bastões e triângulos. Porém, há pouquíssimas figuras de pessoas e quando estas aparecem, são apenas esboçadas, sem nenhum realismo. Não há nenhum registro de paisagens nem de vida cotidiana. Também são poucos os desenhos de animais pequenos como coelhos e raposas.
Já as pinturas rupestres mais recentes, com menos de 13 mil anos, são encontradas em várias partes do mundo e mostram maior diversidade de temas: além das imagens já citadas, aparecem também pessoas paradas ou em movimento (por exemplo, caçando, fazendo sexo e talvez dançando), animais e plantas de várias espécies, e sinais que lembram corpos celestes, como estrelas.
Para tentar “decifrar” essas pinturas, antropólogos e arqueólogos estudam cada imagem e sinal. Para isso, contam com a ajuda de dezenas de especialistas, inclusive pintores e escultores que conhecem bem as técnicas artísticas. Buscam identificar e comparar figuras recorrentes* em determinados lugares e situações. Também costumam compará-las com os trabalhos de populações atuais que preservam costumes tradicionais, como acontece com os aborígines australianos, e perceber semelhanças e diferenças entre eles. Além disso, frequentemente os desenhistas primitivos faziam suas pinturas sobrepostas* a outras mais antigas, e por isso, comparando as que estão em primeiro plano (mais recentes), com as de fundo (mais antigas), os pesquisadores conseguem acompanhar e estudar as transformações pelas quais passaram os registros rupestres ao longo do tempo.
Estudos como estes permitem encontrar algumas pistas sobre a vida e a maneira de pensar dos homens primitivos. Contudo, esse é um trabalho difícil e cheio de armadilhas. Por exemplo, descobriu-se recentemente que nem todos os animais representados nas cenas de caçada eram realmente comidos, pois não foram encontrados vestígios de seus ossos nos lugares onde existiram acampamentos humanos. Além disso, o fato de haver semelhanças entre a arte rupestre do passado e do presente não significa que as ideias, sentimentos e valores expressos nas duas sejam iguais. Portanto, as pinturas rupestres sozinhas não nos dão nenhuma certeza. É, pois, preciso “cruzar” as pistas oferecidas por elas com outras, como restos de fogueiras, pontas de lanças e fósseis, para que possamos montar um vago quadro de como viviam os seres humanos há milhares de anos.

As razões da arte
Mas ainda resta uma questão: Por que os homens primitivos pintavam?
A dificuldade para responder esta questão está na própria natureza da arte. No início do capítulo vimos como as pessoas podem, por meio da atividade artística, registrar as coisas que vêem, transmitir sentimentos e sonhos, e até se comunicar com o “outro mundo”. São tantos os significados que a arte pode assumir para um povo, que os cientistas ainda não chegaram a nenhuma conclusão definitiva sobre o que teria levado os homens primitivos a fazerem suas pinturas nas paredes de pedra e cavernas. Existem várias hipóteses para isto. Veja o que o especialista em arte rupestre, Jean Clottes, explicou ao jornal Folha de São Paulo numa entrevista publicada em dezembro de 1996:
(...) Segundo Jean Clottes, as primeiras explicações sobre as imagens na pedra começaram a surgir depois de 1902 (...). Em primeiro lugar, falou-se de arte pela arte. Os homens teriam sido levados a pintar por um “sentimento inato* do belo”, diz Clottes.
A hipótese foi rapidamente abandonada. “Depois, o abade* Breuil sugeriu que os homens dessas cavernas tinham práticas mágicas: os desenhos serviriam para assegurar* o sucesso da caça, a fecundidade*, a destruição do inimigo. Essa explicação durou quase meio século. Mas ela levantava problemas: por que certos animais não eram desenhados flechados? Por que havia animais fantásticos?”
Uma outra hipótese é a de que os homens pré-históricos desenhavam “para entrar em contato com os espíritos. É possível que os ossos enfiados nas rachaduras da pedra servissem para estabelecer um contato com o outro mundo. O mesmo ocorria com as imagens de mãos (...).
“Imagine um xamã* soprando sua pintura sagrada sobre a mão colocada sobre a parede de pedra. Mão e rocha se tornam uma coisa só: a mão passou para o outro mundo”.
Adaptação de reportagem do caderno Mais!, Folha de São Paulo, domingo, 8 de dezembro de 1996.

A vida dos primeiros seres-humanos
O que sabemos hoje sobre a vida das pessoas que deixaram suas marcas no interior de cavernas e grutas?
Pelo número, frequência e local em que os fósseis humanos são encontrados, sabemos que até mais ou menos 10 mil anos atrás, as pessoas viviam em bandos, ou seja, agrupamentos dispersos e pouco numerosos, com cerca de 20 indivíduos. Viviam da caça e da coleta, praticando também a pesca quando havia rios, lagos ou mar por perto. Provavelmente a caça era reservada aos homens, enquanto às mulheres cabia procurar mel, frutos, folhas, raízes, mariscos e larvas - dependia do que estivesse disponível. Nesses bandos, todo mundo era igual e tinha direito às mesmas coisas: se faltasse comida, todo mundo passava fome; mas se fizessem uma boa caçada, todos se fartavam.
Quanto às moradias e vestimentas, os costumes variaram conforme a época e o ambiente. Durante a última Era Glacial, as pessoas vestiam roupas feitas com peles e couro. Para costurá-las, usavam os tendões dos animais abatidos como linha e fabricavam agulhas com lascas de ossos. Em pelo menos dois sítios arqueológicos da República Tcheca, na Europa, existem indícios de que homens e mulheres da cultura conhecida como gravetiana já produziam artigos têxteis como redes, cobertores e cestos. É possível que outros povos também conhecessem o uso de fibras vegetais, mas como esses materiais apodrecem e raramente deixam vestígios, os cientistas não têm como identificá-los.
Para se abrigarem, as pessoas construíam tendas armadas com galhos, folhas e até pele e ossos de mamute*. Porém, se a região oferecia proteções naturais como fendas em rochas e grutas, era aí mesmo que se escondiam do vento, da chuva e dos predadores. Só que diferente do que muita gente imagina, ninguém morava lá no fundo das grutas, onde era escuro e úmido, mas na abertura delas.
A caça era realizada com instrumentos feitos de pedra, madeira e ossos lascados. Como vimos no capítulo 1, esses materiais já eram usados desde muito tempo pelos antepassados do Homo sapiens, de modo que quando foram feitas as primeiras pinturas em cavernas há 40 mil anos, as técnicas de lascamento encontravam-se amplamente desenvolvidas e difundidas, permitindo que os seres humanos fabricassem grande variedade de objetos, na medida exata de suas necessidades.

 
Quanto aos utensílios de barro e cerâmica, como vasilhas e potes, ao que tudo indica existiram apenas entre alguns povos isolados, como os já citados povos da cultura gravetiana.
Na falta de sinais de que os grupos humanos tenham permanecido muito tempo num mesmo lugar, os pesquisadores acreditam que eles levavam uma vida nômade. Quer dizer, estavam frequentemente se mudando de um lugar para outro, a fim de acompanhar a migração* dos animais e o crescimento das plantas.
Para sobrevier, os seres humanos acumularam conhecimentos importantes sobre a natureza: diferenciavam os vegetais adequados para a alimentação dos que podiam causar uma bela dor de barriga, conheciam os hábitos dos animais, eram capazes de reconhecer e empregar diversas ervas medicinais e desenvolveram técnicas criativas de sobrevivência em ambientes tremendamente hostis*.
Mesmo assim, a expectativa de vida dos seres humanos era pequena: uns 25 ou 28 anos em média, o que não os impedia de se preocuparem uns com os outros. Prova disto são os crânios e ossos com marcas de doenças prolongadas, amputações e feridas cicatrizadas. Pela gravidade dos ferimentos e das deformações causadas pelas doenças, deduzimos que a vítima só sobreviveu porque alguém permaneceu muito tempo cuidando dela.
Sabemos também que nossos antepassados acreditavam em algum tipo de vida após a morte, pois sepultavam seus defuntos e colocavam ao lado deles alimentos e objetos, provavelmente por imaginarem que estes lhes seriam úteis num outro mundo.

A presença de seres fantásticos nas pinturas rupestres, estatuetas de mulheres grávidas ou de homens com pênis descomunais entre outras representações, sugerem que seus criadores acreditavam na existência de seres sobrenaturais, ligados às forças da natureza. Os estudiosos levantam a hipóteses de que a natureza era percebida como uma força viva e poderosa. Talvez as pessoas acreditassem que os fenômenos naturais, bem como os animais e as plantas, fossem animados por espíritos capazes de afetar as suas vidas.
Evidentemente ocorreram variações no jeito dos seres humanos se organizarem e agirem, dependendo da região e da época em que viveram. Por exemplo, variaram os animais caçados e, portanto, as armas e estratégias de caça (você há de concordar que é muito diferente caçar dentro da mata fechada ou em campo aberto, abater um mamute ou um coelhinho, correr na neve ou na areia), variaram as técnicas de fabricação de instrumentos, assim como as crenças e rituais. Contudo, desde o surgimento do gênero Homo até a descoberta da agricultura há cerca de 10 mil anos, quando começaram a surgir outras formas de organização, os diferentes modos de vida dos seres humanos apresentaram certas características em comum. Por isso foram classificados como fazendo parte de um mesmo período da pré-história humana. Como a maioria dos achados arqueológicos desse período é composta por artefatos fabricados com pedra lascada, ele foi chamado de Paleolítico – palavra que quer dizer “pedra antiga”.

Quem é primitivo?
Tão parecidos e tão diferentes...
Observe a pintura ao lado. Ela foi feita em 1956 pelo espanhol Joan Miró e se chama Estela de doble cara.
Nascido em Barcelona, na Espanha, Juan Miró viveu de 1893 a 1983. Ele foi um artista versátil*, pois além de pinturas, também fez belas esculturas, tapeçaria, objetos de cerâmica, monumentos e até cenários para peças de teatro. Gostava de usar tons fortes como o preto, o vermelho, o amarelo e o azul. Na sua obra, colocava sentimento e imaginação. Por essa razão, as figuras pintadas por Miró não têm formas claramente definidas. São figuras torcidas e estilizadas*, como aquelas que às vezes aparecem nos sonhos. Para criá-las, ele buscava inspiração nos desenhos infantis.
Apesar das semelhanças entre a arte rupestre primitiva, a pintura dos aborígines australianos e o trabalho de Miró, não podemos dizer que tudo é uma mesma e única coisa. Existem diferenças quanto aos temas, os materiais usados e, sobretudo, quanto à intenção dos artistas. As formas podem até ser parecidas, mas expressam ideias, crenças e sentimentos diferentes. Por nada no mundo poderíamos dizer que Miró foi um homem “primitivo” só porque algumas suas pinturas lembram as dos artistas das cavernas. Do mesmo jeito, o fato de existir uma tradição – quer dizer, um conjunto de conhecimentos que vem sendo preservado e transmitido de pai para filho desde épocas muito antigas (escolher a árvore certa para retirar a casca, preparar a tinta, tratar a madeira, misturar as cores, fazer os traços de acordo com certas convenções*, etc.) não faz dos aborígines australianos um povo parado no tempo. Apesar de os temas e técnicas usados em sua pintura serem praticamente os mesmos há milhares de anos, pesquisas antropológicas* indicam que o seu significado mudou consideravelmente.
Assim também, existem vários grupos humanos que continuam vivendo da caça e da coleta. Sem dúvida, alguns de seus costumes, armas e alimentos se parecem com o dos nossos antepassados. Contudo, isto não significa que eles possam ser considerados fósseis vivos. Se existem certas semelhanças, também existem muitas diferenças. Afinal, há centenas de anos estes povos vêm se transformando e aprimorando os conhecimentos sobre seu ambiente, graças a que conseguiram manter suas tradições e identidade ao longo da História.
Porém, na opinião de muitas pessoas, essas comunidades são “primitivas”. Ou seja, sua maneira de viver e pensar é considerada “atrasada” em comparação a maneira como vivem e pensam as pessoas dos grandes centros urbanos de nossos dias. Suas casas, suas armas, seus deuses, sua música e sua arte, tudo é considerado “inferior”.
A ideia que está por trás disso, é a de que toda a humanidade só pode se desenvolver num único sentido. Assim, todos os povos do mundo devem chegar, mais cedo ou mais tarde, a viver como os habitantes das grandes cidades modernas. De acordo com esse jeito de ver as coisas, as comunidades de caçadores e coletores estariam ainda num estágio parecido com o de nossos antepassados do Paleolítico e, portanto, ainda teriam muito chão para chegarem a ser como os homens “civilizados”.
O que muita gente não leva em consideração é que muitos desses povos, quando forçados a mudar seu jeito de viver, não suportam o impacto da mudança e se tornam vítimas de grandes desgraças.

Caçadores coletores do outro lado do mundo.
É precisamente esse o caso dos vários povos aborígines da Austrália, com quem travamos contato nessa ficha. Até os europeus chegarem na Oceania, eles eram nômades e viviam da caça e da coleta. Fabricavam instrumentos de pedra e de madeira, dentre os quais o mais típico é o bumerangue. Contudo, este era empregado apenas no abate de aves e em competições entre as tribos, onde os homens exibiam sua destreza e precisão com o instrumento. Para caçar, utilizavam uma lança ligeiramente curva, longa e vigorosa. Não conheciam o arco e flecha.
Ninguém era dono da terra porque se entendiam como parte dela. Ainda hoje os aborígines defendem a crença de que as terras, os rios, os homens, os animais e as plantas são partes de um mesmo “organismo” e que não há como destruir um deles sem causar sérios danos aos demais.
A maioria dos povos nativos da Austrália dividiam-se clãs. Cada clã se considerava descendente de um animal e por essa razão, adorava-o. Dedicavam também muito respeito aos seus mortos, pois acreditavam que os espíritos dos ancestrais podiam ajudar os vivos, dando-lhes conselhos e avisos.
Os clãs eram dirigidos por um chefe, cujos poderes estavam limitados por um Conselho formado pelos homens mais velhos e experientes da comunidade. Assim, suas decisões só valiam se os anciãos* concordassem com elas.
Os primeiros contatos dos aborígines com os europeus ocorreram apenas em 1770, quando o capitão inglês James Cook desembarcou na Austrália. Ao avistarem os nativos, os ingleses imediatamente se acharam superiores, pois possuíam armas, navios e tantas outras coisas com as quais eles nem sonhavam. Chegaram a ficar na dúvida se os nativos eram gente ou macacos. Por essa razão, consideraram que aquelas terras não tinham dono e declararam-nas parte das possessões inglesas.

Contudo, os primeiros colonos europeus só começaram a chegar à região 18 anos mais tarde. Como as prisões inglesas estavam abarrotadas, o governo decidiu transformar suas terras no Pacífico em colônia penal. Mandou para lá um navio com 750 homens e mulheres condenados, e suprimentos para 2 anos.
Entretanto a vida ali não era nada fácil. As plantações dos colonos não vingavam e eles não sabiam como obter alimentos naquelas terras. Pediram socorro às autoridades inglesas, mas naquele tempo as viagens eram demoradíssimas e quando a ajuda chegou, quase todos já haviam morrido de fome. Todo o sentimento de superioridade dos ingleses não foi, afinal, suficiente para mantê-los vivos naquela parte do mundo onde os “atrasados” aborígines viviam sem aperto...
Mas o tempo passou e os ingleses conseguiram montar na sua colônia toda a infraestrutura de que precisavam para prosperar. Aos poucos, pessoas de várias partes do mundo mudaram-se para a Austrália e ocuparam-na. Enquanto isso, os nativos morriam como moscas, vitimados pelas doenças introduzidas pelos estrangeiros ou assassinados em massa por eles. Os sobreviventes foram confinados em reservas de onde não podiam sair, como animais num zoológico. De um total de cerca de 400 mil indivíduos, foram reduzidos a 30 mil em pouco mais de cem anos. Parte dos vários povos nativos desapareceu. 
Foi só em 1967 que o governo australiano permitiu que eles tivessem direito à cidadania e fossem “libertos” das reservas. Contudo, até hoje, a população aborígine é vítima de aberto preconceito na Austrália e vive em condições miseráveis. Os mais velhos ainda se esforçam para manter suas tradições, mas os jovens têm se distanciado cada vez mais delas. Mesmo sua arte está ameaçada de virar souvenir para turistas.


Caçadores coletores do deserto
Os bosquímanos são outro exemplo de povos que se tornou vítima do preconceito. Instalados no sul da África há mais de mil anos, foram por quase todo esse tempo os únicos povos a conseguirem sobreviver na aridez do Kalahari.
Numa região onde a água é rara, aprenderam a armazená-la dentro de ovos de avestruz que, depois de lacrados, eram enterrados até a época da seca. Além disso, desenvolveram grande habilidade para localizar melões e tubérculos, outra fonte preciosa de água no deserto.
Os bosquímanos são até hoje caçadores habilidosos. Conseguem saber, pelas pegadas dos animais, sua espécie, sexo, idade e tamanho. Para abatê-los, usam flechas longas e leves, envenenadas com substâncias produzidas a partir do veneno de cobras, escorpiões, aranhas e, principalmente, larvas de duas espécies nativas de besouro.
A caça é uma atividade exclusivamente masculina e a dignidade de um homem depende mais de sua pontaria do que de sua força ou coragem.
Contudo, são as mulheres que respondem pela maior parte dos alimentos consumidos pelo grupo: com os filhos presos às costas, elas passam parte do dia coletando frutos, ervas, raízes e mel.
Os bosquímanos também se dividem em clãs, cuja chefia cabe inteiramente ao patriarca, que é o homem mais velho e respeitado do grupo. Quando precisa tomar uma decisão, ele escuta os outros homens do grupo, mas a palavra final é sua. Além do chefe, o xamã também ocupa uma posição importante entre os bosquímanos. Ele é uma espécie de curandeiro, que entra em transe para “ver” as doenças nas pessoas e extirpa-las*. Até cem anos atrás, os xamãs pintavam nas paredes das rochas as visões que tinham durante os transes, mas hoje esta prática está abandonada.
Os bosquímanos têm muito medo da morte, porque acham que ela sempre é obra de espíritos maus. Assim, quando alguém morre, seu corpo é colocado num lugar elevado, como uma pedra, para que o espírito não seja maculado* pelo contato com a terra e possa partir logo para o outro mundo. Depois, a tribo levanta acampamento e parte para longe, só retornando bastante tempo depois.
Como outros povos caçadores-coletores, os bosquímanos são animistas, quer dizer, acreditam que todas as coisas e seres da natureza – o sol, as pedras, os riachos, as plantas e animais - são guiados por espíritos e que estes podem ajudar ou atrapalhar a vida das pessoas.
Apesar de ainda existirem grupos que vivem da caça e da coleta no Kalahari, desde que começaram a ser construídos poços d’água pela região, na segunda metade do século passado, os bosquímanos viram suas terras serem invadidas por colonos brancos e por pastores africanos. Hoje, a grande maioria leva uma vida miserável, dentro de reservas mantidas pelo governo ou prestando algum tipo de serviço temporário aos fazendeiros da região.
Os aborígines australianos e os bosquímanos, assim como muitos outros povos espalhados pelo mundo, vivem de uma maneira muito diferente da nossa. Porém não se trata de viver melhor ou pior. Certamente nós não nos sentiríamos confortáveis no ambiente deles, pois fomos ensinados a sobreviver em outro meio e circunstância. Se fôssemos obrigados a abandonar nossa vida para viver no deserto, provavelmente entraríamos em pânico! Do mesmo modo, os povos que muitas vezes consideramos “primitivos” desenvolveram uma cultura original e muito rica, adequada às suas próprias necessidades.

ATIVIDADES
1. O que é a arte rupestre? Por que o estudo deste tipo de manifestação artística é importante para as pessoas que pesquisam o passado da humanidade?
2. No início do século passado, o Abade Breuil formulou a teoria de que a representação de animais no interior das cavernas era uma espécie de magia propiciatória: os homens desenhavam os animais com o objetivo de enfeitiçá-los e assim, captura-los com mais facilidade. Essa teoria foi aceita por muito tempo e ainda hoje há quem a defenda. Contudo, escavações arqueológicas indicam que ela não está correta. Cite uma prova apresentada pelos especialistas para descartar a teoria do Abade.
3. Os cientistas consideram que o Período Paleolítico se encerrou há 10 mil anos, quando os homens começaram a criar animais e a cultivar alimentos. Isso significa que todas as pessoas do mundo deixaram de viver da caça e da coleta? Explique sua resposta.

4. No volume O Homem Pré-Histórico da Enciclopédia Biblioteca da Natureza, publicado em 1969, o último capítulo trata dos bosquímanos e inicia-se sob o título “Espelho do passado”. Logo no primeiro parágrafo, está escrito o seguinte:
(...) o que esses cientistas estão fazendo é viver a arqueologia, considerando uma aldeia de bosquímanos como se fosse um sítio de fósseis acabado de escavar, e esperam que seus dados tragam novas perspectivas e maiores detalhes para a história que está sendo escrita pelos arqueólogos que desvendam os segredos do homem primitivo.
(Howell, F. Clark e redatores de Life – Biblioteca da Natureza Life: o homem pré-histórico. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969, p. 178).

Pelo que você estudou neste capítulo, qual é a crítica que poderíamos fazer a esta publicação?

5. Já faz vários anos que dezenas de famílias de pequenos lavradores da fronteira entre o Piauí e o Ceará vivem dentro de cavernas, grutas e fendas nas rochas da região. Vivem de suas roças na encosta da serra ou do trabalho nas fazendas da região. Leia abaixo uma entrevista feita com o agricultor José Pereira, 71, um dos moradores dessas cavernas, conhecidas na região como “locas”:

Agência Folha:- Como é viver na caverna?
José Pereira: - Aqui para nós é bom, é tão descansadinho, ninguém briga. A gente se acostuma.
Agência Folha:- O sr. não teme que a pedra caia?
Pereira: - Não, acho essa casa mais segura do que a que minha família tem em Juazeiro do Norte (CE). Aquela foi nós que fizemos, e essa nós já achamos pronta, feita por um ser superior.
Agência Folha -: Como o sr. se protege das cobras e insetos?
Pereira: - A gente se enrola com eles toda hora. As cobras vivem nas pedras e brincam com nós aqui dentro. Tem umas bichinhas: caninana, cascavel e outras cobrinhas desse tamanho (mostra uma vara seca de meio metro).
Agência Folha -: Vocês matam as cobras?
Pereira:- As que nós vemos, nós matamos; as que não enxergamos estão vivendo aqui dentro com a gente. Não mexem com nós e nós também não vamos atrás delas. Eu e meus filhos nunca fomos picados, mas dois vizinhos foram e viajaram (morreram).
Agência Folha: - Seus filhos, quando eram pequenos, gostavam de morar aqui?
Pereira: - Achavam bom, tinha muita diversão aqui. Caçar de espingarda, tirar o mel. Achavam bom trabalhar na roça, principalmente quando chegava a fartura.
Agência Folha: - O sr. Nunca pensou em construir uma casa?
Pereira: - Mas e as condições? Não dá e a gente se conforma, já achou essa casa pronta. Vontade nunca faltou de fazer outra. Casa de palha não, que aqui isso é difícil de conseguir. Tem telha no Ceará, só que é muito cara.
Agência Folha: - Por que o sr. Precisou sair do Ceará?
Pereira: - Por causa da terra. Não tinha terra para mim lá. E a gente sofria muita sujeição trabalhando nas terras dos outros. Chegava a época da colheita, e o dono da fazenda soltava os bois dele para comer a nossa roça. (...)
Agência Folha: - O que o governo poderia fazer para ajudar lavradores como o senhor?
Pereira: - Se aparecesse água aqui, já era um descanso na nossa vida. A gente vive só com esses buraquinhos (cavidades que enchem de água na época das chuvas) que Deus deixou nas pedras. Deus é um bom pai.
(reportagem de Cris Gutkoski para Agência Folha, Pimenteiras (PI), 21 de janeiro de 1996).

a. Você acha justo que hoje, no nosso país, pessoas precisem viver em cavernas? Justifique sua resposta.
b. Além da sugestão dada pelo próprio José Pereira, o que mais o governo poderia fazer para melhorar as condições de vida dos habitantes das locas?
c. O fato de viverem em cavernas torna essas pessoas “primitivas”? Justifique sua resposta.