quarta-feira, 17 de maio de 2017

Primeiro Ano: Grécia Antiga


Para a avaliação sobre Grécia Antiga, vocês podem consultar (além dos links já oferecidos em postagens anteriores) os materiais abaixo:

Links para o estudo da Independência das Treze colônias da América do Norte - Terceiro Noturno

Abaixo, os links para o estudo sobre Independências das treze colônias inglesas na América. Lembro que já fiz uma publicação anterior com links para o estudo de Iluminismo e não preciso repetir.


  • Você encontra material completo, da colonização até a independência na página de Educação da uol (consulte os links indicados na base da página);
  • Para quem se interessou pela história da trágica fundação de Jamestown, há uma matéria aqui;
  • Sobre a crítica à explicação tradicional para o subdesenvolvimento das colônias ibéricas e a prosperidade das inglesas na América do Norte que se ancora nas diferenças entre colônias de exploração e colônias de povoamento, consulte esse texto do Karanal;
  • Para mais informação sobre a Independência, consulte esse link e esse blog.
  • Para um estudo sobre a elaboração da Constituição estadunidense, leia este texto de Voltaire Schilling;
  • Aqui você encontra um resuminho para aquele estudo antes da prova.
  • Para fechar, assista o vídeo abaixo:


segunda-feira, 15 de maio de 2017

Atividade de Filosofia: quem determina o que é Belo?

Em sala, começamos nossos estudos sobre Estética com um debate em torno da polêmica em torno do combate ao "pixo" e ao grafite em São Paulo. A partir dele, estudamos diferentes concepções de Arte e Beleza, da Antiguidade Clássica até o século XX. 
Agora, de posse dessas informações todas, observem os trabalhos artísticos abaixo, leiam os textos que os acompanham, e discutam:


Afinal, o que determina nossa percepção de Belo?



Comentário 1
A respeito do debate que se iniciou depois que o prefeito João Dória mandou apagar os grafites dos muros de arrimo da Avenida 23 de Maio, é categórico: “Eu acho que grafite é arte, claro”. Garante, também, que “o prefeito não é contra o grafite, claro que não é”. Mas tudo tem limites: “Pichação é vandalismo. É outra história”.
André Sturm, secretário municipal de Cultura (2007)



Comentário 2
A pichação despe-se de qualquer referência artística e, inerente à sua vocação clandestina, invade as ruas com palavras hostis e símbolos agressivos de uma cultura de transgressão. A grafitagem, por sua vez, estruturada por grupos comprometidos com a arte, busca o espaço urbano para trabalhar com sua tinta spray e criar paisagens, gravuras e painéis harmônicos, extremamente coloridos. É muito frequente o pedestre parar e admirar a arte exposta na rua, sem falar do interesse interpretativo dos críticos especializados na modalidade, que já conseguiram entronizar a street art nos grandes museus.
Eudes Quintino de Oliveira Junior, mestre em Direito Público, Promotor de Justiça aposentado e reitor do Centro Universitário do Norte Paulista

Design 
A partir de diversas expedições visuais pela cidade de São Paulo e de uma pesquisa conceitual sobre a pixação, criei o meu próprio “alfabeto” e escolhi peças de mesa - pratos, taças e toalhas – como alvo do meu pixo. A técnica utilizada foram bordados e decalques, e foi usada a cor azul cobalto para remeter aos ornamentos da porcelana tradicional. 
As frases escolhidas, como “Revolte-se ainda hoje” ou “Toda criação é antes de tudo um ato de destruição” são uma mescla de escritos das ruas e ditos que abordam a relação conflituosa e polêmica entre as artes e o pixo, numa tentativa de contato com esta forma de expressão tão presente nas cidades brasileiras.
Andrea Bandoni





Arte
Mathieu Tremblin, um designer e artista francês que se formou na academia de belas artes da França, resolveu criar um projeto de intervenção urbana chamado Tag Clouds em cima de outra intervenção, o pixo.
Mathieu resolveu apagar algumas pichações de tags – aquelas com as siglas dos grupos aos quais os pixadores pertencem – presentes na França, Holanda e Bélgica e substituir suas fontes, que são ilegíveis pra maioria da população, por tags com fontes legíveis.






Design
O grafite está em alta. Depois da Gucci ter feito parcerias com street artists e ter consolidado o nicho como fonte de inspiração para as grandes grifes, é a vez da Calvin Klein entrar na onda e lançar também sua colaboração. Para a iniciativa, a marca americana elegeu o brasileiro Pixote que, radicado em Nova York há 15 anos, ficou mundialmente conhecido por seu lettering.









quarta-feira, 3 de maio de 2017

Primeiro Ano Noturno - A Ilíada e a aristocracia grega




Ninguém sabe ao certo se Homero existiu. E se existiu, também não é certo que tenha criado os dois poemas épicos que consagraram seu nome: Ilíada e Odisséia. Para muitos estudiosos, se Homero existiu de fato, provavelmente seu papel foi reunir e dar forma a diversas histórias muito antigas que por séculos eram cantadas pelos aedos em banquetes, onde se reuniam os guerreiros para rememorar seus grandes feitos e os atos de bravura de seus antepassados.  Afinal, era assim que a aristocracia grega legitimava seu domínio sobre o resto da população: ela descendia dos heróis do passado e era herdeira de suas virtudes, como força, coragem e espírito arguto. Compunha, por conseguinte, o grupo seleto dos aristoi - ou seja, "os melhores".
Seja como for, é difícil não se comover com a grandeza dos versos de Homero. Eles têm um poder impressionante de sacudir nossos sentidos e arrebatar a alma. Para ilustrar o que digo, leiam os versos abaixo, que contam como o nobre Heitor perece sob a espada de Aquiles. 

 A morte de Heitor

Assim dizendo, desembainhou a espada afiada,
que pendia sob o flanco, espada enorme e potente;
reunindo as suas forças, lançou-se como a águia de voo sublime,
que através das nuvens escuras se lança em direção à planície
para arrebatar um terno cordeiro ou tímida lebre - 
assim arremeteu Heitor, brandindo a espada afiada.

E Aquiles atirou-se a ele, com o coração cheio de ira
selvagem, e cobriu o peito à frente com o escudo,
belo e variegado, agitando o elmo luzente 
de quatro chifres. Belas se agitavam as crinas
douradas, que Hefesto pusera cerradas como penacho.
Como o astro que surge entre as outras estrelas no negrume da noite,
a estrela da tarde, que é o astro mais belo que está no céu - 
assim reluziu a ponta da lança, que Aquiles apontou
na mão direita, preparando a desgraça para o divino Heitor,
olhando para a bela carne, para ver onde melhor seria penetrada.

Ora todo o corpo de Heitor estava revestido pelas brônzeas armas,
belas, que ele despira a Pátroclo depois de o matar.
mas aparecia, no sítio onde a clavícula se separa do pescoço
e dos ombros, a garganta, onde rapidíssimo é o fim da vida.
Foi aí que com a lança arremeteu furioso o divino Aquiles,
e aponta trespassou completamente o pescoço macio.
Mas a lança de freixo, pesada de bronze, não cortou a traqueia,
para que Heitor ainda pudesse proferir palavras em resposta.
Tombou na poeira. E sobre ele exultou o divino Aquiles:
"Heitor, porventura pensaste quando despojavas Pátroclo
que estarias a salvo e não pensaste em mim, que estava longe.
Tolo! Longe dele um auxiliador muito mais forte
nas côncavas naus ficara para trás: eu próprio, eu que agora
te deslassei os joelhos. Os cães e as aves de rapina irão
dilacerar-te vergonhosamente, mas a Pátroclo sepultarão os Aqueus."

Já quase sem forças lhe respondeu Heitor do elmo faiscante:
"Suplico-te pela tua alma, pelos teus joelhos e pelos teus pais,
que me não deixes ser devorados pelos cães nas naus dos Aqueus;
mas recebe o que for preciso de bronze e de ouro,
dons que te darão meu pai e minha excelsa mãe.
Mas restitui o meu cadáver a minha casa, para que do fogo
Troianos e mulheres dos Troianos me deem, morto, a porção."
Fitando-o com sobrolho carregado lhe disse o veloz Aquiles:
"Não me supliques, ó cão, pelos meus joelhos ou meus pais.
Quem me dera que a força e o ânimo me sobreviessem
para te cortar a carne e comê-la crua, por aquilo que fizeste.
Pois homem não há que da tua cabeça afastará os cães,
nem que eles trouxessem e pesassem dez vezes ou vinte vezes
o resgate e me prometessem ainda mais do que isso!
Nem que o teu próprio peso em ouro me pagasse
Príamo Dardânio. Nem assim a tua excelsa mãe
te deporá num leito para chorar o filho que ela deu à luz,
mas cães e aves de rapina te devorarão todo completamente."

 Moribundo lhe disse então Heitor do elmo faiscante:
"Na verdade te conheço bem e direi o que será; mas convencer-te
era algo que não estava para ser. O coração no teu peito é de ferro.
Mas reflete bem agora, para que eu para ti me não torne
maldição dos deuses, no dia em que Páris e Febo Apolo
te matarão, valente embora sejas, às Portas Esqueias."
Assim dizendo, cobriu-o o termo da morte.
E a alma voou-lhe do corpo para o Hades, lamentando
o seu destino, deixando para trás a virilidade e a juventude. 
E para ele, já morto, assim disse o divino Aquiles:
"Morre.O destino eu aceitarei, quando Zeus quiser
que se cumpra e os outros deuses imortais."

Ilíada, canto XXII, v. 306-366 (trad. Frederico Lourenço)
extraído de http://epicentro.blogs.sapo.pt/arquivo/752506.html


Segundo Ano Noturno - Expansão Marítima e o Novo Mundo




Consulte suas anotações sobre a Formação dos Reinos Ibéricos e as Grandes Navegações e responda as questões abaixo.


1. Em relação à formação do reino espanhol, a historiadora Elaine Barbosa afirma que “a Igreja atuou como elemento de homogeneização, garantindo a hegemonia castelhana sobre os demais reinos e, concomitantemente, a superioridade de seu próprio poder”. (Barbosa, Elaine. A Encruzilhada das Civilizações: católicos, ortodoxos e muçulmanos no Velho Mundo. São Paulo: Moderna, 1977)
Com base em seus conhecimentos sobre a história da Península Ibérica e a formação dos estados nacionais europeus, explique o papel da Igreja na afirmação do poder de Castela nos séculos XV e XVI.

2. O texto abaixo se refere ao período das Grandes Navegações (séculos XV e XVI) e foi escrito por Fernando Pessoa, poeta português do início do século XX. Leia-o com atenção e, depois, responda às questões que o acompanham:

O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tetos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»
«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»

a.   No poema, Fernando Pessoa escolhe como personagem um monstrengo para dialogar com o navegador. A escolha justifica-se pelas idéias que os homens do século XV tinham sobre o mar. Que idéias eram essas?

b. Com base em seus conhecimentos de História, responda: os portugueses tinham razões para temer as viagens marítimas? Justifique.

c. De acordo com o poema, a quem os navegadores serviam?

d. Utilizando seus conhecimentos de História, explique as razões que levavam os portugueses a se aventurarem pelo mar.

e. Os portugueses disputaram a descoberta de novas rotas marítimas com outro importante reino no século XV. Que reino era esse e em que rota cada um decidiu investir?

f. Na obra Os Lusíadas, de Luís de Camões (século XV), os portugueses são glorificados e elevados à categoria de heróis em função dos desafios que teriam enfrentado nas navegações e do grande império que construíram a partir daí. Podemos dizer que essa imagem ainda sobrevivia na obra de Fernando Pessoa, cerca de quatrocentos anos depois? Retire um trecho do texto que comprove sua resposta.

Terceiro Ano Noturno - História: O Contrato Social

O texto abaixo é o décimo capítulo do Terceiro Livro da obra O Contrato Social, de Rousseau. Leia-o com atenção e faça o que se pede adiante.






1. Faça uma pesquisa rápida e explique o que Rousseau entende por soberania.

2. Com sua palavra, diferencie os dois caminhos que, segundo Rousseau, levam à o governo à degenerescência.

3. Outro conceito importante para Rousseau é o de vontade geral. Sobre ele, Alexsandro M. Medeiros, escreve: 

"A vontade geral é a expressão política da vontade do soberano – o povo. A quem o povo deve obedecer? Ora, a si mesmo, responde Rousseau! Correspondendo ao enunciado da vontade geral e, consequentemente, pertencendo ao interesse público, as leis devem estar acima dos interesses particulares(...). Quando o contrário acontece, os abusos resultantes culminam na sociedade corrompida da qual Rousseau deseja se afastar.
            Como então a vontade geral se expressa? Por meio da lei, cuja elaboração deve ficar a cargo do legislador. Quem redige as leis não pode ter qualquer direito legislativo; este é inalienável, pertence ao povo soberano.  Para Rousseau, preocupado em pôr limites aos abusos, desejos e vontades privadas, só a lei, a mais sublime de todas as instituições humanas, seria capaz de assegurar ao estado social a justiça e a liberdade."



 Considerando o texto acima, um déspota tem como governar segundo a vontade geral? Por quê?

4. Considere os acontecimentos recentes da história política nacional. Em seu entendimento e levando em conta as ideias de Rousseau, poderíamos considerar que o governo brasileiro degenerou-se? Justifique sua resposta mobilizando as ideias do filósofo suíço e fazendo referências a acontecimentos de nosso contexto político.

Para quem quiser conhecer melhor a obra de Rousseau, é possível encontrar O Contrato Social completo aqui.