Consulte suas anotações sobre a Formação dos Reinos Ibéricos e as Grandes Navegações e responda as questões abaixo.
1. Em relação à formação do reino espanhol, a historiadora Elaine Barbosa afirma que “a Igreja atuou como elemento de homogeneização, garantindo a hegemonia castelhana sobre os demais reinos e, concomitantemente, a superioridade de seu próprio poder”. (Barbosa, Elaine. A Encruzilhada das Civilizações: católicos, ortodoxos e muçulmanos no Velho Mundo. São Paulo: Moderna, 1977)
Com base em seus conhecimentos sobre a história da Península Ibérica e a formação dos estados nacionais europeus, explique o papel da Igreja na afirmação do poder de Castela nos séculos XV e XVI.
2. O texto abaixo se refere ao período das Grandes Navegações (séculos XV e XVI) e foi escrito por Fernando Pessoa, poeta português do início do século XX. Leia-o com atenção e, depois, responda às questões que o acompanham:
2. O texto abaixo se refere ao período das Grandes Navegações (séculos XV e XVI) e foi escrito por Fernando Pessoa, poeta português do início do século XX. Leia-o com atenção e, depois, responda às questões que o acompanham:
O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
Na noite de breu ergueu-se a voar;
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tetos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tetos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»
«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
«El-Rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»
a. No poema, Fernando Pessoa escolhe como personagem um monstrengo para dialogar com o navegador. A escolha justifica-se pelas idéias que os homens do século XV tinham sobre o mar. Que idéias eram essas?
b. Com base em seus conhecimentos de História, responda: os portugueses tinham razões para temer as viagens marítimas? Justifique.
c. De acordo com o poema, a quem os navegadores serviam?
d. Utilizando seus conhecimentos de História, explique as razões que levavam os portugueses a se aventurarem pelo mar.
e. Os portugueses disputaram a descoberta de novas rotas marítimas com outro importante reino no século XV. Que reino era esse e em que rota cada um decidiu investir?
f. Na obra Os Lusíadas, de Luís de Camões (século XV), os portugueses são glorificados e elevados à categoria de heróis em função dos desafios que teriam enfrentado nas navegações e do grande império que construíram a partir daí. Podemos dizer que essa imagem ainda sobrevivia na obra de Fernando Pessoa, cerca de quatrocentos anos depois? Retire um trecho do texto que comprove sua resposta.
b. Com base em seus conhecimentos de História, responda: os portugueses tinham razões para temer as viagens marítimas? Justifique.
c. De acordo com o poema, a quem os navegadores serviam?
d. Utilizando seus conhecimentos de História, explique as razões que levavam os portugueses a se aventurarem pelo mar.
e. Os portugueses disputaram a descoberta de novas rotas marítimas com outro importante reino no século XV. Que reino era esse e em que rota cada um decidiu investir?
f. Na obra Os Lusíadas, de Luís de Camões (século XV), os portugueses são glorificados e elevados à categoria de heróis em função dos desafios que teriam enfrentado nas navegações e do grande império que construíram a partir daí. Podemos dizer que essa imagem ainda sobrevivia na obra de Fernando Pessoa, cerca de quatrocentos anos depois? Retire um trecho do texto que comprove sua resposta.
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